Seus lugares permaneceram demarcados por anos na mesa. Era uma mesa embutida, e encostados na parede ficavam os filhos. O menino crescia rápido e se queixava cada vez mais do "apertamento" que sofria entre a mãe, a qual sentava do seu lado, e os azulejos.
No sonho dela era diferente. Ocupava o lugar do pai e o seu lugar vazio era preenchido com as suas idealizações - E os ideais existem? Pergunto-me. - Um casal amigo também tomava café, a bebida que move o mundo, segundo seu irmão.
De repente eles já estavam no aeroporto. Zeca Baleiro diria que "há mais solidão no aeroporto que num quarto de hotel barato (...)".
Ela se ausentou, e ao olhar para os próprios pés não eram os dela. Dois sapatos, não eram pares, não eram seus. Os pés não eram seus. Onde estão os pés da menina?
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
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Eu morro de medo de publicar sonhos.
ResponderExcluiracho tão complicado achar os meus...
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