quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Mentira

Quanta gente feliz!
Feliz e confinada que é pra ninguém sentir o cheiro.
Vamos só nós, sempre sós, pra que ninguém veja o tamanho dos buracos.
Sem paredes e de porta sempre fechada, pra que nos misturemos, mas só uns com os outros e nunca com nada lá fora.
Gás vazante, esperando por qualquer faísca, luzes apagadas, velas engavetadas, não podemos correr riscos.
“Os mais importantes somos nós!”. Nós nunca desatados, uma dívida sem fim.
Palavras pobres, prioridades podres.
Sorriso no rosto, porque ser bom é o que interessa.
Quanta gente infeliz...