quinta-feira, 14 de abril de 2011

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Maria,

agora há pouco meu pai me deu uns texto que escreveu há quinze anos atrás. São bons, Maria. Até que dariam um livro. Só me pergunto por que razão só agora os conheci. Já pensou? Escritor.

Outro dia, vasculhando os documentos da casa, que ficam numa pasta verde - e velha-, de plástico, achei um recorte de jornal já alaranjado, por conta do tempo. Havia uma foto dele, meu pai, bem jovem- de acordo com a data impressa tinha 20 anos-, cigarro na mão (naquela época não era imoral fumar, Maria) e uma entrevista. Ele contava do cursinho preparatório para vestibulares que havia fundado, e no qual também dava aula, numa cidade próxima da capital. Ousado, né?

E eu, minha amiga? Até quando pagarei mais caro por não agir?

Um beijo,
Judith.

5 comentários:

  1. A mim que desde a infância venho vindo como se o meu destino fosse o exato destino de uma estrela...

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  2. Até quando PAGAREMOS caro por não agir... É péssimo quando temos plena consciência do potencial, e fingimos ignorá-lo...

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  3. Oi! Agir... perpassa por vontade, coragem, motivação e interesse! Um ato e muitos sentimentos. Bjs,

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