sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Cadei(r)as

Coloquei cadeiras feitas por meu avô no meu consultório. Não o conheci, ele morreu antes que eu nascesse. Nem posso imaginar como o chamaria. Lá na cidade onde morava, minha mãe e minha avó diziam que o chamavm Zito. Vô Zé, vô Zito, vôzito, vôzinho. Já escutei tantas nuances de sua história, e é isso que consigo carregar de sua imagem. Vendo as cadeiras, e as mesas, e as camas e toda a arte feita por suas mãos acho que me emociono. São tantos mínimos detalhes, que nunca imaginei que as mãos de um homem, como este que imagino, poderiam talhar tal arte. Há algo nessas cadeiras que ele precisava dizer.

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