"Francês ou Italiano?", perguntava-se. Tentando, obsessivamente, lógico, encontrar razões que justificassem a escolha de um ou outro.
"Francês é quase universal. Além disso poderei ver todos os filmes franceses sem legenda. No dia em que viajar pra Paris me confundirei no meio do povo e..."
"Italiano é a língua dos meus antepassados, tão charmosa e ..."
Estava só, folheava livros ao mesmo tempo que pensava se a gripe passaria, em que roupa usaria e em como disfarçaria os quilinhos a mais que não se esforçava muito para perder, já que seus joelhos pesavam.
Desceu igualmente só, pretendendo comer o mesmo lanche de sempre : pão francês integral recheado com queijo branco e peito de peru. Logo de início sabia que o dia não era igual aos outros. Pediu de entrada dois pães de queijo, e já que estava só, deixou-se levar por outros casais e outros amigos.
Ao telefone o rapaz reivindicava uma transferência, em francês. Não sei de quê, em francês.
Por causa da agonia, e de estar só, e de não saber nem francês nem italiano comprou uma enorme barra de chocolate com amêndoas, prometendo-se apenas um pedacinho. Mas só um pedacinho não preencheria, em só um pedacinho não cabia tudo isso.
terça-feira, 21 de junho de 2011
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