É a lua cheia. São as eleições, lembro-me do mesmo vento.
A moça dizia que era o jeito do raio de sol incidir na calçada, e ela aceitava, era preciso coragem.
Já nem sei como se chama aquela palavra, que dizem só haver no português, I miss that time so much.
Se todos soubessem o que há debaixo do rosto maquiado de cada moça dessa cidade. Mas elas são fortes, aceitam a valsa.
A valsa da vida.
domingo, 30 de setembro de 2012
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Coração bobo, coração bola...
Oi Maria,
Há quanto tempo não te escrevo, não é mesmo? Estava muda!
Descobri tantas coisas nos últimos tempos que estou
esburacada. E esburacada mesmo, literalmente. Tenho um buraco no coração, coisa
que todo mundo tem antes de nascer, mas pra alguns não fecha nunca. Será que é
porque ainda não nasci de verdade, Maria?
Fiquei pensando no monte de coisas que a gente nem sabe ao
longo da vida, porque eu poderia nem ter descoberto, mas agora sabendo, é
irreversível, tenho medo. Disseram que a única coisa que eu não posso mesmo
fazer na vida é mergulhar, e nesse momento, agradeci a Deus por nunca ter
sonhado com isso. Agradeci a Deus também por ter ganhado uma bicicleta no
aniversário e já ter reaprendido a andar, com destreza, e modéstia também.
Sinto informar, minha amiga: todo mundo vai morrer um dia,
mas é preciso esquecer disso um pouco pra poder viver. Afinal, a gente morre de
queda, de caganeira, jogando futebol, de picada de bicho, nunca se sabe.
Só imagino que,
amando e vivendo a vida, de buraco a gente não morre. Né?
Um beijo,
Judith.
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